Estabelecimentos de gastronomia da região do bairro Água Verde, em Curitiba, assinaram um manifesto para protestar contra o fechamento de restaurantes, bares, cafés, sorveterias e lanchonetes no período em que a bandeira vermelha está em vigor. Dos 60 estabelecimentos da região, 15 já assinaram.
De acordo com o organizador do manifesto e proprietário de um restaurante no bairro, Rafael Kula, as medidas mais restritivas estão acarretando em prejuízos financeiros, mesmo com a possibilidade de venda pelo formato delivery.
Rafael explica que, quando podem abrir, os estabelecimentos seguem todas as medidas de controle da doença. Ele reclama ainda que as fiscalizações da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) estão sendo feitas de forma intimidatória.
Paulo Zanatta, proprietário de outro estabelecimento, relata que o faturamento caiu em média 50% nos últimos meses. Ele pondera ainda que o setor da gastronomia está sendo penalizado e tratado como os únicos culpados pelo aumento da transmissão da Covid-19.
No texto do manifesto assinado, os estabelecimentos justificam que “há a consciência da situação delicada na qual Curitiba passa, com a falta de leitos de UTI e dos mais de 5 mil curitibanos que perderam a vida por conta da Covid-19”. Ele dizem ser “inaceitável sermos de bode expiatório da Prefeitura, tendo em vista que todas as normas impostas desde o início da pandemia, são seguidas com rigor pelo setor”.
Em nota a Prefeitura de Curitiba afirmou que tem se reunido com todos os segmentos, várias medidas foram colocadas em prática, entre elas o plano se retomada econômica. A nota diz ainda que os decretos restritivos são elaborados pelo comitê de ética médica considerando o avanço da covid-19 na cidade e a capacidade de atendimento da rede pública de saúde. As fiscalizações acontecem em parceria com o governo do Estado para coibir os excessos e garantir a saúde pública da população.
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