Paraná Poucas profissões ganharam tanta visibilidade nos últimos anos quanto a de chef de cozinha. Entre o corte perfeito da carne e um restaurante de sucesso, a gastronomia tem sido objeto de desejo para muita gente que busca realização profissional, trabalhando com aquilo que gosta. O número de estabelecimentos de alimentação chega a 12 mil somente em Curitiba, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR). Mas o setor não sobrevive somente com a vontade de empreender e a afinidade com as panelas.
Rogério Gobbi, diretor acadêmico responsável pelos cursos de gastronomia do Centro Europeu, conta que há uma grande diferença entre cozinhar em casa por hobby e trabalhar com cozinha. “A gastronomia é a ciência da alimentação, tudo aquilo que envolve o preparo dos alimentos. Isso inclui fatores nutricionais, técnicas e processos e até a gestão da cozinha enquanto negócio.
A culinária é a arte de cozinhar, que está mais presente no cotidiano da maioria das pessoas”, explica. Formação profissional em gastronomia também abre portas fora da cozinha. Essa arte de cozinhar, no entanto, nem sempre cabe na rotina atribulada. É por isso que muita gente prefere soluções mais fáceis. De acordo com o IBGE, a alimentação fora de casa é a terceira maior despesa no orçamento dos brasileiros e representa 17,5% dos gastos das famílias. Quem enxerga nesse dado uma oportunidade de negócio ainda enfrenta a falta de um ingrediente básico no mercado: a formação profissional. “Para trabalhar na área, não adianta somente ser um mestre nas panelas. É preciso entender outros aspectos envolvidos com a culinária, tais como: conhecimentos nutricionais, higiênico-sanitário, finanças, compras, armazenagem, gerenciamento de pessoas e de processos, entre tantos outros”, detalha Rogério.
O mercado de alimentação tem múltiplas possibilidades para empreender. Mas é preciso dominar outras artes além da culinária. Muito além do fogão A estimativa da Abrasel-PR é que em 2019 haja redução de 2% no número de negócios de alimentação na capital paranaense. Com tantas opções na área – aplicativos de delivery, serviços de alimentação personalizada e novos hábitos de consumo alimentar -, sobreviver nesse cenário depende de uma boa formação profissional. As opções de carreira na área são múltiplas, de acordo com o diretor acadêmico de gastronomia do Centro Europeu “não é obrigatório ter um restaurante para trabalhar com alimentação. Muitos alunos saem das nossas cozinhas didáticas para atuarem na hotelaria, empresas de eventos, restaurantes conceituados ou ainda, como consultores gastronômicos, personal chefs, chefs at home, críticos de gastronomia e até influenciadores digitais da área.
Se a ideia é empreender, a construção do conhecimento durante a formação profissional ajuda a trilhar o caminho. Em um cenário de grande concorrência, o respaldo técnico pode garantir a longevidade dos negócios que, em muitos casos, representam o investimento de uma vida inteira. “Quem vai sobreviver no mercado é o profissional que tem uma proposta diferente, combinada com um bom plano de negócios e aprofundamento técnico. Um estabelecimento sem gestão não se sustenta”, analisa Rogério. Quem pode trabalhar com gastronomia? A receita para ser um bom profissional na área funciona como um bom prato.
É preciso dominar a parte técnica e criativa da cozinha e todo o universo que se relaciona com ela. Uma equipe preparada, serviço de excelência, relacionamento com fornecedores e contas que fecham no fim do mês só são possíveis quando a formação na área é integral. “O trabalho na cozinha é um processo com início, meio e fim. Durante o curso de Chef de Cuisine - Restaurateur, o aluno vai dominando cada fase desse processo. E, independentemente da área que for seguir na área, é a dedicação e criatividade dele que dará o toque final ao negócio, a sua capacidade de fazer algo que ninguém fez ou fazer melhor”, conclui Rogério.
