Declarações do vice-presidente foram dadas no discurso de abertura do Congresso Nacional da Abrasel. Evento também defende o combate à fome e o fim do desperdídio de alimentos
Foto: Edgar Marra/Abrasel
Brasília recebeu, até a noite desta quinta-feira (17), o 35º Congresso Nacional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). A solenidade de abertura do maior evento de conhecimento e informação para o setor de alimentação fora do lar no Brasil foi realizada na noite de terça-feira (15), no Royal Tulip Brasília Alvorada, e contou com as presenças de deputados federais, senadores e do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Este ano, o evento teve como tema “Na era digital, o ser humano”, para debater desafios do empreendedorismo. Com isso, na programação dos dois dias do evento, houve uma palestra de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
Abertura do Congresso
A abertura do 35º Congresso foi marcada pela defesa do segmento, que gera mais de 7 milhões de postos de trabalho no Brasil. Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, é fundamental que o Senado mantenha no texto da Reforma Tributária um tratamento diferenciado aos bares e restaurantes.
“Somos essenciais na economia brasileira. Trata-se de um setor que alimenta o País, que mais cria e gera empregos e o que mais abriga empreendedores. Ao Senado, cabe esse importante reconhecimento, já aprovado pela Câmara dos Deputados. Precisamos dessa atenção para continuar gerando valor para a sociedade”, afirmou.
“Precisamos lutar por uma carga tributária mais justa. No grande manicômio tributário que vivemos, os donos de bares e restaurantes e o pequeno empreendedor são heróis da resistência, sobreviventes desse modelo. É preciso ter coragem, ter a ousadia de dar um passo adiante, de mudar uma cultura para facilitar a vida de quem empreende e de quem produz”, disse.
Senador Efraim Filho. Foto: Edgar Marra/Abrasel
Representando o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), reforçou seu apoio à reforma tributária com alíquota especial ao setor de alimentação fora do lar.
“Vamos chegar a esse bom termo na construção de uma reforma tributária que tenha de fato a simplificação, a desburocratização, mas ter também os cuidados para não cometermos quaisquer desatinos”.
Vital disse que não adianta que o Senado faça uma reforma malfeita. “Não vamos estabelecer datas, se será amanhã ou depois de amanhã. Vai ser esse ano, mas vai ser com as cautelas devidas para que nós possamos produzir um contexto ainda melhor, aperfeiçoando, porque essa é a tarefa das duas Casas, tratando sobre uma proposta de emenda à Constituição, onde temos que consensualizar aquilo que é produzido por uma e aquilo que é produzido pela outra Casa”, resumiu.
Veneziano Vital do Rêgo. Foto: Edgar Marra/Abrasel
Em seu discurso, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou o modelo europeu como exemplo, com a existência de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), mas várias alíquotas diferentes.
“Não precisamos de uma só alíquota, há especificidades. Então, é preciso reduzir o número de impostos. Eu diria que depois da Reforma Tributária, cujo objetivo é simplificar, desonerar completamente investimento e desonerar completamente exportação, o segundo ponto deve ser desonerar a folha”, destacou.
Presente no evento, o presidente da Abrasel-DF, Beto Pinheiro, disse que o Congresso Nacional da entidade é um marco do calendário anual. "Para o Legislativo e para o Executivo, é a chance de apresentar as principais pautas do nosso setor. A Abrasel é a principal entidade que representa o segmento de bares e restaurantes do Brasil, com o nosso presidente Paulo Solmucci fazendo essa interlocução muito bem", destacou.
Para Pinheiro, o tema principal neste semestre é Reforma Tributária. "Mas nós temos também ainda uma correção na lei do Persi que já foi publicada no dia 30 de maio, mas ficou com data retroativa e a gente precisa fazer essa correção. Outro ponto importante é a desoneração da folha. Para poder gerar emprego no País, a gente precisa desonerar os impostos sobre a folha e a tributação ser sobre sobre o consumo ou sobre o patrimônio, mas não sobre a folha", concluiu.
Fonte: https://gpslifetime.com.br/
Fotos: Edgar Marra/Abrasel